Criação
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Se permita começar, se dar uma chance, tentar…

Que tal tirar aquela vontade de criar de dentro de você?

Pense em todas as pessoas que criam os conteúdos que você mais ama. Agora se coloque no lugar delas e pense em suas jornadas criativas. Certamente teve algum momento em que todas, sem exceção, disseram para si mesmas: “quer saber? Vou experimentar”. Ligaram suas câmeras, seus microfones, escreveram textos, desenharam, colocaram no mundo o que estava dentro de suas mentes e dos seus corações. O resto é história. Independentemente de quantos seguidores alcançamos, de quantos views ou quantos likes, existe uma sensação incomparável que é a de compartilhar o que sentimos que deveríamos. As criações que estão pedindo para sair de nós. Se é o seu caso, você sabe exatamente do que estamos falando. O que falta para você começar a colocar no mundo o que tem aí dentro?

Nada é mais importante do que o seu algoritmo.

Seguir o seu próprio ritmo é a coisa mais importante na sua relação com o digital. Que tal redefinir o seu ritmo?

Que bom ter a possibilidade de espalhar as nossas ideias internet afora, né? Compartilhar aquela foto incrível, o textão que conecta, a criação nova, até que… opa, não performou como o esperado. Será que preciso fazer mais? Aparecer mais, quem sabe?

Por toda a internet existem mecanismos de funcionamento e entrega de conteúdo que são decididos internamente, mas também são influenciados pela forma como os usuários consomem e produzem nesses espaços. Isso significa que, para diminuir os efeitos da pressão algorítmica, é necessário que redes sociais, criadores e pessoas do outro lado da tela estejam de mãos dadas nessa missão. 

A gente sabe que ainda há muito trabalho a ser feito, para que os efeitos da pressão para criar sejam minimizados. 

O empurrãozinho que faltava para você começar

O que você precisa para começar a colocar a sua criatividade no mundo? Aqui vai um manual emocional para a sua criação.

Se você cria ou tem vontade de criar conteúdo por aqui, quantas vezes já travou, se martirizou, adiou ou desistiu de publicar por se questionar além da medida, pelo medo do julgamento, por achar que já tem gente falando demais ou _______ (insira sua nóia aqui). Imagine se a gente visse as telas como esse espaço livre de pura experimentação criativa, sem tanta pressão. Sabemos que não é fácil (dizem que a gente escreve o que precisa aprender) mas trazemos aqui algumas dicas que podem te ajudar a começar. Veja nosso Manual Emocional para criadores: 

  • E se você não se levar tão a sério?
    Experimentar criar coisas diferentes, usar as ferramentas novas ou simplesmente apertar publicar naquele conteúdo que está na sua cabeça.
  • E se você tentar julgar menos?
    Às vezes o julgamento que damos é por não termos a coragem de colocarmos nossas ideias no mundo (dói aqui, doeu aí?). Deixemos as pessoas serem quem são e sejamos quem somos!
  • E se você se colocar como prioridade?
    Daqui do outro lado eu sei que você pode fazer muito mais coisas pelos outros do que por si. Mas e se você experimentar colocar sua criação todos os dias, por pelo menos 30 minutos, em primeiro lugar?
  • E se você valorizar quem já tá do seu lado?
    Quando a gente pensa em uma comunidade, muitas vezes queremos mais, mais e mais. Mas… e se você inverter esse olhar e pensar: olha quanta gente já curte o que eu faço. O que você pode fazer por elas hoje?
  • E se você olhar para si como olha para quem admira?
    Sabe aquela pessoa que você acha simplesmente fantástica? Que você apoia tudo que ela faz? Imagina se você se olhasse com esse filtro?

Nessas horas é importante a gente lembrar: é só a internet! Um campo pra gente testar, acertar, errar, apagar, publicar, começar, parar, recomeçar.

Um guia para criar sem pirar

Esse é o convite especial que você precisa para começar a respeitar o seu próprio ritmo na internet. Vamos nessa?

Dos mesmos criadores de “quem aguenta ler tanta notícia?”, vem aí: quem aguenta criar tanto conteúdo? Desde quem tem um pequeno negócio, marca ou projeto (e usa as redes para se conectar) até os grandes nomes da influência digital, não há quem não se questione: dá pra criar sem pirar?

Do “início de um sonho” até o “deu tudo certo” que é desenvolver uma relação mais saudável com a criação, é necessário rever algumas crenças sobre produtividade e tempo que nós desenvolvemos toda vez que somos levados pelo ritmo acelerado do digital.

Se você se identificou, aqui vai quatro passos para começar a respeitar o seu próprio ritmo na internet:

1) Respeite o seu tempo de criação:

Antes de se cobrar a produzir cada vez mais, se questione: quanto tempo eu gostaria/poderia me dedicar sem abrir mão do meu bem-estar? 

2) Respeite o seu volume de criação:

Tem dias que a criação vai fluida e intuitiva, já em outros, se arrasta. Seu volume de criação varia - e isso não te faz menos competente.

3) Números não invalidam a sua criatividade:

E se o prazer em criar estivesse em mais do que nos números? É ótimo quando o que criamos reverbera, mas isso não deveria ser uma régua para a criatividade.

4) Nunca é tarde para um detox digital:

Dar um tempo das redes pode ajudar a recuperar sua capacidade criativa e seu descanso. Dá pra fazer isso no dia a dia, em momentos como durante as refeições, antes de dormir, ao acordar etc.

Criatividade não é pra esperar bater, é pra exercitar: 4 exercícios para sua criatividade

Não existe uma fórmula mágica para criatividade, vem conferir 4 exercícios para exercitar a sua por aí?

A gente até tem um imaginário dos criativos, pensamos nele criando com a maior fluidez, são pessoas diferentes de nós, que vieram com um dom. Será? Você, que já cria e sabe o trampo que dá, vem aqui dar a real nos comentários. A verdade é que a criatividade é um músculo que pode ser exercitado um pouquinho a cada dia. Pra você não ter preguiça de ir nessa academia, a gente listou um monte de ideias muito simples de começar. E propomos o desafio: exercite a sua por pelo menos 10 dias seguidos. O que será que pode acontecer? Confira a seguir 4 exercícios para colocar a sua criatividade em prática por aí:

Ideia 1:

Escreva todos os dias pela manhã, assim que acordar. Coloque tudo o que vier à sua mente, sem filtro. No mínimo, você limpa seu cérebro antes de começar o dia. No máximo, você já começa a criar.

Ideia 2:

Faça um curso. Quando a gente se coloca na posição de estudante, nosso cérebro pode começar a fazer conexões que não imaginaríamos antes.

Ideia 3: 

Faça a aba Explorar virar um repertório de inspiração. Você sabia que de tudo o que você mais curte o Instagram te mostra mais na aba Explorar? Dá uma olhada na sua. E se quiser ver mais de algum tema, é só pesquisar e começar a curtir mais!

Ideia 4:

Amplie a sua internet: pesquise ativamente pelo que você quer ver. É maravilhoso receber recomendações do que gostamos, mas também é incrível ver onde você pode parar a partir de suas próprias pesquisas. 

Ideia 5:

Saia um pouco da sua área de interesse e se alimente de coisas diferentes. Criatividade é também a arte de fazer conexões inesperadas. Quando você amplia seu campo de pesquisa isso passa a acontecer mais naturalmente! 

Ideia 6:

Ao criar, se pergunte: "qual o jeito menos óbvio que eu posso fazer isso aqui?" Às vezes uma simples pergunta pode te ajudar a sair do padrão ou do automático.

E se existisse um “código de ética” da internet?

Você já imaginou se existisse um código de ética para criadores e influenciadores? O que não poderia faltar pra você?

Qual a relação entre ética e bem-estar online? Por aqui, a gente acredita que essas coisas andam lado a lado. Conteúdos patrocinados não sinalizados, falta de transparência com seguidores, audiências artificiais para aumentar métricas e outros comportamentos nocivos para a cultura de criação de conteúdo, interferem diretamente na forma como nós, do outro lado da telinha, nos sentimos, consumimos ou em como nos relacionamos no digital.

Por aqui, separamos alguns pontos que são inegociáveis:

Créditos:

Você pode dar os créditos marcando o @, incentivando os seus seguidores a consumirem o conteúdo direto da fonte e também evitando de mudar parte dessa criação para uso próprio (por meio da mudança de layouts e design, por exemplo).

Publis:

As publis precisam ser sinalizadas tanto nos stories como no feed, a melhor maneira de fazer isso é optar pela sinalização de conteúdo pago do instagram. Você também pode usar tags e collabs.

Transparência:

Manter uma relação de honestidade com os seus seguidores no que você consome, indica e publica por aqui é essencial para manter laços mais verdadeiros com a audiência.

Autovalorização:

Cobrar de forma justa por conteúdos patrocinados, manter uma cultura de boa vizinhança com criadores pares e seguir o seu próprio ritmo de criação ajuda no combate ao desgaste da criação de conteúdo e na valorização desse trabalho. 

Audiência:

Conquistar a audiência de forma orgânica é um processo lento, mas no final vale muito a pena! Utilizar ferramentas ou extensões que burlem isso ou prometam “conquistar” seguidores de maneira artificial além de ir contra as políticas de uso do instagram, coloca toda a sua criação e credibilidade em risco.

Posicionamentos:

Antes de se posicionar, vale refletir: esse posicionamento é ofensivo ou pouco reflexivo? Eu tenho esse discurso na prática ou estou apenas surfando na tendência? Como posso plugar especialistas ou pessoas com lugares de fala diferentes do meu?

E se você ajudar a escrever esse código de ética, o que não poderia faltar?