Sempre que a sua bateria estiver na reserva, dê um pause das telas
Sempre que as telas deixarem a sua bateria interna na reserva, é hora de pausar, e encontrar novas maneiras para recarregá-la. Aceita o convite?
A exaustão que vem depois de um dia longo, a fadiga que nos alcança aos fins de semana, a sensação de que as horas no relógio correm contra a gente. Por que estamos tão cansados? A forma como lidamos com o nosso tempo pode nos dar uma boa pista para essa pergunta.
A primeira coisa que precisamos ter em mente é: apesar de ser um fenômeno geracional, a exaustão sempre fez parte da nossa história. A historiadora de medicina Anna Katharina Schaffner, autora do livro “Exaustão, uma história” (em tradução livre), explica que esse sentimento diz mais sobre a forma como encaramos o tempo - e a quantidade de coisas que acumulamos para fazer - do que com o quão rápido ou devagar percebemos que os nossos dias passam.
E com as telas e a rapidez da internet, fica ainda mais fácil acumular coisa pra fazer, né? Checar as notificações e novidades várias vezes ao dia, responder a e-mails, enquanto fazemos outras coisas, rolar o feed na hora do almoço, maratonar uma série no fim do dia…No fim das contas, sentimos nossa bateria na reserva - ou até descarregada.
Se você se identificou, aqui vai uma dica valiosa: sempre que sentir que o digital tem contribuído para deixar a sua bateria interna na reserva, dê um pause das telas - e procure outras formas de recarregá-la. E por aí, como anda o seu nível de bateria para encarar o dia?
Será que você sofre de infoxicação? Para cada sintoma, um antídoto.
Um dos principais passos para lidar com a fadiga da informação, é identificar se o consumo por aí vem acompanhado de ansiedade, excessos e impactos emocionais que atrapalham o seu dia a dia. Será que esses efeitos estão pesando por aí?
Se para você o cansaço de ler notícias é equiparado ao de correr uma maratona sem sair do lugar, talvez você esteja infoxicad@. A “infoxicação” é um conceito do físico espanhol Alfonso Cornella que descreve como o excesso de consumo de informações e notícias pode afetar o nosso bem-estar, a nossa saúde emocional e até mesmo a qualidade do nosso tempo.
A seguir, separamos alguns sintomas da infoxicação – e como eles atuam sobre nós – e os antídotos para colocar em prática por aí:
Sintoma:
Ansiedade: ler notícias em excesso e consumir tantas informações pode causar ansiedade, stress e outras respostas emocionais que prejudicam a nossa saúde mental.
Antídoto:
Evitar a repetição: um bom antídoto para lidar com a ansiedade pelo excesso é evitar a repetição. Ou seja, evitar consumir as mesmas informações por canais diferentes. Você pode pré-selecionar os veículos para acompanhar, determinar períodos do dia para consumir notícias etc.
Sintoma:
Gatilhos internos: muitas informações podem ser difíceis de digerir e isso significa que elas podem atuar diretamente sobre os nossos gatilhos internos. Não ter controle sobre o que consumimos pode tornar essa situação ainda mais frequente.
Antídoto:
Filtros: os filtros de consumo são ferramentas essenciais para lidar com isso.Busque identificar quais temas são mais sensíveis à sua saúde mental e emocional, quais tópicos podem despertar gatilhos internos e como você pode usar as ferramentas das redes (silenciamento de termos, alertas de conteúdo sensível etc) ao seu favor.
Sintoma:
Fomo: O “Fear of missing Out” ou “medo de perder alguma coisa” em tradução livre, está sempre presente pra quem consome informações em excesso. Afinal, as atualizações na tela nunca acabam.
Antídoto:
Limites de tempo: Vale estipular a que horas do dia você gostaria de consumir notícias, quanto tempo ficará nessa atividade e quais veículos e formatos (áudio, vídeo, texto) vai utilizar para se informar. Pode parecer um passo pequeno, mas isso te ajuda a sair de consumo passivo nas telas para uma busca ativa pelo o que realmente importa para você.
Um dos principais passos para lidar com a fadiga da informação, é identificar se o consumo por aí vem acompanhado de ansiedade, excessos e impactos emocionais que atrapalham o seu dia a dia. No álbum, você confere um antídoto para cada sintoma de infoxicação.
Quais desses sinais ressoam por aí? Você tem algum antídoto para lidar com o excesso de informação?
Se você está com alguém que você ama, preserve esse tempo (longe das telas).
Sempre que o tédio bater no meio de uma conversa, na mesa de jantar, em um momento com quem você ama, que tal lembrar que olhar nos olhos e aproveitar a companhia já faz uma baita diferença? Não precisa ter medo do tédio e correr pras telas, acredite: o afeto já basta.
Se a qualquer mínimo sinal de tédio em uma conversa, num date ou em qualquer momento perto de outra pessoa você corre para deslizar o dedo na tela (sem nem mesmo saber o porquê), este post chegou na hora certa pra você.
Que tal não deixar as telas sequestrarem os seus bons momentos com quem você ama? O microtédio não é nosso inimigo. Nas horas que o silêncio bater, o papo faltar ou você sentir vontade de pegar o celular para lidar com as situações, lembre-se: a sua presença pode ser o maior presente que você pode dar para alguém.
Aceita o convite de evitar correr para as telas ao menor sinal de tédio?
3 perguntas para evitar que o celular roube o seu tempo
O seu tempo: a importância de protegê-lo e planejá-lo nas telas
A lista de sugadores oficiais do nosso tempo é extensa: rotina, reuniões, telas, internet, redes sociais…como anda a qualidade do nosso tempo, quando precisamos dividí-lo em tantas frentes?
Primeiro, se questione: como você passa a maior parte do seu tempo? Trabalhando? Nas telas? Fazendo reuniões? Agora, é hora de pensar sobre os ladrões de tempo, ou seja, aqueles hábitos ou distrações que prejudicam a qualidade do momentos que você passa online. E por fim, a melhor parte: o que você gostaria de fazer no seu tempo livre?
Aqui vai uma dica: planejar esses momentos garante que você se conecte com aquilo que de fato vai te fazer bem – evitando que as telas virem uma válvula de escape para o tédio No álbum você confere 3 perguntas para evitar que o celular roube o seu tempo:
1) Como eu gostaria de passar o meu tempo online hoje? Elabore e planeje o tempo que você passa por aqui.
2) Qual é o meu principal ladrão de tempo nas telas hoje? Identifique para onde vai o seu tempo online.
3) O que eu gostaria de fazer no meu tempo livre? Pensar no tempo que você não passa nas telas é a melhor forma de não recorrer a elas a qualquer sinal de tédio.
Não faça com o tempo do outro, o que você não gostaria que fizessem com o seu.
O tempo do outro: não tá tudo bem fazer com o outro o que a gente não quer que façam com a gente.
Se você é do clube das pessoas que ao menor sinal de interação online já ficam ansiosas pelo retorno do outro, vem cá, o post de hoje é para você! Vamos falar sobre limites, telas e o tempo que não é nosso?
Primeiro a gente precisa entender que sentir ansiedade pelas interações que temos por aqui e, consequentemente, pressionar os outros para que correspondam às nossas expectativas de tempo é um comportamento quase inconsciente e mais comum do que imaginamos. Ele é derivado do sentimento de instantaneidade que as telas nos dão e é reforçado por todos os estímulos do digital: notificações que pulsam o tempo inteiro, facilidade de acionamento, inúmeros canais de comunicação…
Mas se a gente quer se relacionar melhor com esse espaço e com as pessoas que estão nele, precisamos aprender que o tempo da internet não é o nosso e muito menos o do outro. Será que dá pra ter uma rotina digital menos ansiosa por respostas instantâneas e que pressione menos quem tá do outro lado da nossa tela também? Por aqui acreditamos que sim, por isso usamos três lições sobre o tempo do outro nas telas:
1) Online não é disponível;
2) A sua pressa não é a pressa do outro;
3) Respeite o tempo de resposta de quem você conversa.
Você costuma se sentir ansios@ quando manda uma mensagem ou tem alguma interação online cuja resposta ainda não rolou?
Pra quem você sempre tem tempo?
Conexão: não é só no olho no olho que a gente se conecta, tem tantas formas de fazer isso pela internet. Vamos pensar em estratégias para nos aproximarmos de quem a gente gosta?
Ninguém pegou na nossa mão e nos ensinou a lidar melhor com este espaço. Talvez por isso, os nossos primeiros sentimentos sempre sejam os negativos: stress, ansiedade, raiva… Mas, quando olhamos com mais profundidade para essa ferramenta, conseguimos entender o que há de bom por aqui (e potencializar isso também!)
A forma mais bonita de demonstrar a nossa conexão online é dando o nosso tempo em troca daqueles afetos que valem tanto a pena. Tempo para ouvir aquele áudio longo, para conversar na DM, pra ler o post do amigue… Pra quem você sempre tem tempo?