Sobra alguém quando todo mundo é cancelado? 5 alternativas práticas ao cancelamento
O que acontece quando o cancelamento mina as pontes de diálogo? No futuro todos seremos cancelados? No artigo, apresentamos 5 alternativas ao cancelamento – e como podemos aplicá-las.
No futuro todos serão cancelados? Você já foi? Se não, talvez já possa ter cancelado alguém ou, no mínimo, saber de algumas dezenas de histórias de pessoas que foram canceladas. Quanto mais alguém se expõe online, maior é a chance de um cancelamento. De seguidores, passamos a ser julgadores e fiscais do comportamento alheio.
Mas como a gente pode trocar a lógica do cancelamento por uma dinâmica de mais conexão? É preciso nos lembrarmos do que nos une: nossa humanidade.
“Todas as pessoas erram, cometem deslizes, o que é diferente de ter uma postura preconceituosa, abusiva e violenta. Ao tentar cancelar uma atitude de uma pessoa, cancela-se ela por inteiro. Se colocar no lugar do outro, ouvir o que ele tem a dizer e ser empático são caminhos importantes”, afirma a psicóloga Karen Scavacini, fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.
Não estamos falando em sermos omissos nem em minimizar atitudes que não são mais aceitáveis – e é importante a gente compreender essa diferença, né?
“Você pode alertar sobre por que o comportamento ou o conteúdo que a pessoa produziu não é aceitável. Você pode permitir que a pessoa tenha oportunidade justa de defesa e, eventualmente, responda na Justiça pelo que cometeu, denunciando conteúdos ou levantando um debate equilibrado sobre o tema. Atenha-se ao que a pessoa falou ou fez, e não ao que a pessoa é”, acrescenta o psicólogo e diretor de educação da SaferNet, Rodrigo Nejm.
Para a internet ser mais ponte do que muro, é bom que a gente aprenda a conversar melhor. A seguir, você confere algumas alternativas práticas ao cancelamento, inspiradas pelas dicas da Safernet:
1) Escuta ativa e diálogo
Cancelamento não dá espaço para aprendizado e para a reflexão, nem permite que a pessoa cancelada tenha seu direito de defesa garantido. O cancelamento é também o linchamento da era digital e, na velocidade que é feito, pode favorecer injustiças.
Isso não quer dizer que você não possa falar publicamente sobre uma violência cometida por outra pessoa. Isso quer dizer que apenas que toda luta pela promoção dos direitos humanos também passa pela escuta ativa e pelo diálogo aberto.
2) Começando a falar sobre:
Um bom primeiro passo na promoção de conhecimento, inclusão e diversidade e no combate ao cancelamento é puxar e promover conversas públicas sobre violências, comportamentos e atitudes ofensivas, discriminatórias ou criminosas.
3) Apoio às causas:
O apoio às causas sociais também é fundamental. Você pode apoiar criando ou se engajando em campanhas que propõem algo efetivo e claro.
4) Boicote:
Se a pessoa cancelada estiver associada a alguma marca ou se ela própria for a responsável, vale fazer o boicote: não consumir, não engajar e defender o não consumo dos produtos de empresas que não condenam ou que têm práticas discriminatórias.
5) Autoquestionamento:
Pergunte a si mesm@: o que você quer ao expor o outro? Lembrando que se for um crime ou violência contra os direitos humanos, você pode e deve denunciar no www.denuncie.org.br. E se esses conteúdos violentos forem algum gatilho para você, considere também deixar de interagir com as postagens da pessoa nas redes sociais.
#ainternetqueagentefaz é uma iniciativa @Contente.vc, @SaferNetbr e @VitaAlere em parceria com Instagram e Facebook, da Meta. Saiba mais: www.ainternetqueagentefaz.com.br
O que são comunidades digitais - e como nutrir a sua
Ah, que bom é ter uma comunidade online pra chamar de nossa! Você sabe como desenvolver e nutrir esses espaços de troca? Confira:
Comunidade: um grupo de pessoas que se apoia mutuamente. E quanta potência tem em construir comunidades por aqui! Gente que entende nossos anseios, compartilha de sonhos parecidos, de interesses que conversam, de propósitos que se encontram. Cultivar e nutrir esses grupos é o que garante que a nossa vida no digital seja mais leve e inspiradora. As comunidades podem ser de diversos tamanhos, ter múltiplos alcances. A principal métrica em comum? É sempre o acolhimento. Então, se você deseja cultivar essas relações por aqui, mas ainda não começou, aqui vão algumas dicas práticas para começar:
- Encontre a sua turma: sobre o que você gosta de falar e criar? Com quem gostaria de trocar para além dos likes?;
- Alimente com afeto: mais do que uma super performance ou frequência, o afeto é o principal componente de comunidades sólidas. Nesses espaços, nos sentimos seguros e acolhidos para sermos quem somos e compartilharmos as nossas vulnerabilidades;
- Menos pode ser mais: você não precisa estar em todos os espaços digitais para cultivar uma comunidade, encontrar um lugar onde você se sente à vontade para se expressar criativamente já é um ótimo primeiro passo.
Que bom é poder celebrar as comunidades que desenvolvemos e nutrimos na internet. Quem faz parte da sua?
#ainternetqueagentefaz é um projeto para refletirmos sobre o nosso bem-estar online - e transformarmos essas conversas em ação. Uma iniciativa da @Contente.vc, @Safernetbr e @VitaAlere em parceria com o Instagram e Facebook, da meta. Saiba mais em: www.ainternetqueagentefaz.com
A vulnerabilidade é o que nos conecta online
Usar as vulnerabilidades como ponte de conexão pode tornar a sua internet muito mais afetuosa
Por muito tempo as redes sociais mostravam, acima de tudo, vidas perfeitas e com filtro. Já não estamos mais nesse lugar, ainda bem! Aos poucos fomos descobrindo a vulnerabilidade de nos envolver, nos entregarmos por inteiro, seja qual for o momento que estivermos vivendo. Estamos aqui, na internet e na vida, para criar vínculos com as pessoas. Nós fomos concebidos para nos conectar uns com os outros. Você sabe bem disso, pois já viveu a experiência de sentir uma conexão verdadeira com alguém. Se você deseja aumentar a conexão que sente com os outros online, pode fazer alguns experimentos:
1 - Pedir ajuda: abandone a ideia de que isso é uma fraqueza. Existem até estudos sobre liderança que provam que pedir ajuda é essencial e que vulnerabilidade e coragem contagiam;
2 - Mostrar os bastidores: nem só as vitórias, nem só as derrotas, a vida é feita de processos, mas muitas vezes nas redes nos esquecemos disso. Mostrar o seu pode ajudar toda a sua comunidade a ver que existe sempre muita coisa por trás de um post;
3 - Lembrar de humanizar: por mais que seja sedutora a ideia de construirmos um personagem nas redes que é sempre bem humorado, positivo e produtivo, isso nos afasta da nossa comunidade. Superar a vergonha e mostrar que nós também erramos, sofremos ou passamos por perrengues nos conecta imediatamente com nossa rede;
E não se esqueça: vulnerabilidade é diferente de superexposição. Ela requer confiança e limites. Você não precisa fazer nada que te deixe desconfortável online.
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Alguém, em algum lugar da internet, precisa ouvir aquilo que só você tem a falar: a sua história importa <3
Na internet - e para além dela - a próxima história inspiradora pode ser a sua!
Quantas vezes uma história compartilhada nas redes sociais, num blog ou em outro canal não te inspirou, te fez continuar a sonhar ou até mesmo mudou a forma como você percebe e lida com as suas vulnerabilidades? Compartilhar as nossas histórias é uma das maiores potências da internet. É por meio disso que a gente constrói comunidades, laços, amizades e novas perspectivas.
Existem muitos exemplos de como histórias compartilhadas podem ser potentes: movimentos de autoaceitação nas redes, ações inclusivas online, grupos dos mais diversos (desde de mães até fandoms de artistas). É a partir do compartilhamento de histórias múltiplas e potentes que alcançamos aquilo que mais importa: uma internet mais acolhedora. Então, não esqueça: em algum lugar da internet, alguém pode precisar ouvir aquilo que só você tem a falar!
Essa é a #ainternetqueagentefaz, um projeto para refletirmos sobre o nosso bem-estar online - e transformarmos essas conversas em ação. Uma iniciativa da @Contente.vc, @Safernetbr e @VitaAlere em parceria com o Instagram e Facebook, da meta. Saiba mais em: www.ainternetqueagentefaz.com
Senta que lá vem aquela conversa desconfortável que você está adiando
A internet não precisa ser um lugar de desconfortos. Existem muitas alternativas para navegar com mais segurança e para se conectar com o que realmente importa. Vamos conhecê-las?
A gente sabe que a vida já é difícil o suficiente pra ainda ter que buscar sair da nossa zona de conforto. Mas existem muitos desconfortos que valem a pena, como: ampliar sua visão de mundo, receber um feedback que vai te fazer crescer, conhecer a opinião de quem tem uma vivência diferente da sua, assumir um novo desafio… Esses são apenas alguns exemplos. É legal a gente se lembrar que escutar não significa legitimar ou concordar. E, principalmente, que existe uma grande diferença entre o que é uma opinião com a qual não concordamos do que é um crime ou um discurso de ódio. Para esses casos, precisamos aprender a estabelecer nossos limites.
A internet não precisa ser um lugar de desconfortos, e existem muitas alternativas para te ajudar a deixar esse ambiente mais seguro e confortável. Afinal, tão importante quanto se abrir para o diferente é saber estabelecer limites. Conheça as ferramentas de proteção e de denúncia para o que for problemático:
Controlando interações indesejadas:
Bloquear:
A pessoa que você bloquear não será notificada. Ela não poderá enviar mensagem para você nem encontrar o seu perfil, publicações ou stories. Ao bloquear uma conta, também é possível bloquear novos perfis que a mesma pessoa vier a criar, dificultando, assim, interações indesejadas.
Restringir:
Ao restringir uma conta, os comentários feitos por ela nas suas publicações serão visíveis apenas para ela. Você pode escolher visualizar o comentário. As mensagens diretas irão automaticamente para a solicitação de mensagem, e você não receberá notificações. Para restringir alguém, arraste um comentário para a esquerda ou vá diretamente no perfil da conta que você deseja restringir.
Palavras ocultas:
Você pode ativar a opção de ocultar comentários ou solicitações de mensagens que podem ser ofensivos, criando uma lista das palavras ou emojis que você não quer ver em suas solicitações de mensagem ou comentários. A ideia é evitar que você entre em contato com textos abusivos/ofensivos. Você pode utilizar a ferramenta em configurações > privacidade > palavras ocultas.
Limites:
A ferramenta Limites oculta automaticamente comentários e solicitações de mensagens diretas de pessoas que não seguem você ou que se tornaram suas seguidoras recentemente. Para acessá-la, basta ir em configurações > privacidade > limites e escolher uma das opções de moderação disponíveis.
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Como cuidar dos laços que criamos na internet
Existem inúmeras coisas gentis que você pode fazer por alguém online para melhorar os seus laços nas telas <3
E fora dos stories? Como a gente anda cuidando dos laços que criamos na internet e nas redes sociais? É muito fácil cairmos na tendência de reparar apenas nos pequenos-bodes-nossos-de-cada-dia quando algo nos chateia ou nos entristece online, mas existem inúmeras maneiras de fazer esse espaço ser mais saudável e feliz para todo mundo. Algumas dicas práticas de gentileza online são:
- Compartilhar o trabalho de pequenos criadores (salvar, curtir, repostar);
- Agradecer por uma dica ou informação valiosa;
- Engajar no conteúdo que te tocou;
- Responder a sua comunidade com afeto;
- Ter bom senso na hora de fazer críticas;
- Dar créditos sempre que repostar o conteúdo de alguém.
Dá pra ser mais feliz - e gentil - na internet. Aceita o convite de começar essa corrente?
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